quinta-feira, 9 de julho de 2015


Sem autorização, filme pornô é

gravado nas Cataratas do Iguaçu
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Principal atrativo turístico de Foz do Iguaçu, as Cataratas foram usadas como cenário para a produção pornográfica. A denúncia é do Jornal Primeira Linha.

No filme de quase 12 minutos, aparecem cenas de sexo explícito em um dos mirantes ao lado da trilha dos turistas, no mirante do elevador ao lado das quedas, e na passarela que dá acesso à Garganta do Diabo.

Pelas imagens, percebe-se que a gravação foi realizada em horários diferentes. O vídeo começa com um casal caminhando em frente ao Hotel das Cataratas – ainda sob a direção da Rede Tropical -, próximo à parada de ônibus que dá acesso às trilhas, onde param no primeiro mirante para observar as quedas. Neste momento, o sol já está alto e é a única parte em que não há cenas pornográficas.

Ao ser questionado se houve autorização para a produção desse filme, a direção do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), responsável pela gestão das unidades de conservação do Brasil disse que até então não tinha conhecimento do vídeo. "Não houve nenhuma autorização. Não é nosso foco esse tipo de material. Se alguém produziu, foi de maneira completamente ilegal", disse Rafael Machado, do setor de Uso Público de Imagem do Parque Nacional do Iguaçu.

Para fazer qualquer tipo de filmagem com fins comerciais, utilizando como cenário a unidade de conservação, é necessário seguir todo um protocolo burocrático para conseguir a liberação de acesso com equipamentos de filmagens. Além disso, é cobrado um aluguel do cenário para a gravação. De acordo com o Art. 10 da Portaria nº 62 do Ministério do Meio Ambiente, de 20 de março de 2000, o valor para esse tipo de produção é de R$ 1.065,00, quando liberada a autorização.

Nos créditos a direção aparece como sendo do francês Pierre Woodman. Em uma rápida pesquisa nos meios de busca da internet, Woodman é considerado um dos principais diretores do cinema pornográfico, tendo realizado mais de 60 filmes. Os atores são Jennifer Stone e Alain Deloin. A reportagem tentou contato com Woodman através de seu perfil oficial na rede social Facebook, mas não houve retorno. Não se sabe a data exata em que o filme foi gravado, embora a data de publicação do filme na internet seja 2009.

O ICMBio pediu o envio do material, então desconhecido pela entidade, para análise e poder tomar as medidas necessárias. 
Foto/Video Reprodução

Fonte: Bruno Zanette
Redação jornal 1ª Linha

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